Skip to content

O menino que queria ajudar a borboleta a voar

Provavelmente, já ouviu a história do menino que, sentindo pena da borboleta que tentava sair da crisálida, decidiu ajudá-la para a salvar de tanto esforço e sofrimento.

Com muito carinho, o menino descascou cuidadosamente a crisálida para que a borboleta pudesse sair.

Estava muito entusiasmado e desejoso de ver a borboleta abrir as asas e voar para o céu! Mas depressa ficou horrorizado ao ver a borboleta cair no chão … a borboleta não tinha força muscular para voar!

Muitas vezes, o nosso carinho leva-nos a proceder da mesma maneira com os nossos filhos quando fazemos por eles, o que eles conseguem fazer ou aprender.

Um dos maiores presentes que pode dar ao seu filho é permitir que ele desenvolva a crença Eu sou capaz!.

E desenvolve-a, não tanto por ouvir que é capaz, embora seja muito importante que lhe o diga, mas sobretudo pelas repetidas experiências que o fazem perceber que sobrevive às dificuldades da vida.

As crianças nascem com um desejo inato de fazer as coisas por si próprias e começam a expressar esse desejo por volta dos dois anos de idade. Já todos ouvimos crianças de dois a dizer Eu faço!

Então, NÃO lhe roube a oportunidade de sentir que é CAPAZ, quando…
– Levanta os pratos da mesa, quando essa tarefa é do seu filho.
– Lhe faz a cama, porque a quer bem feita.
– Não lhe ensina a atacar os sapatos, porque tem pressa e não se lembra de arranjar um momento para lhe o ensinar com calma.
– Oferece-lhe soluções para os problemas dele, não permitindo que ele reflicta e crie as suas próprias soluções.

Sempre que faz pelo seu filho o que ele é perfeitamente capaz de aprender e de fazer por si próprio.

Ensine, deixe fazer e valorize o esforço feito porque o resultado não vai, de certeza, ser perfeito. Dê tempo.

Dar autonomia e autoconfiança exige paciência. Ao fim e ao cabo, quanto tempo demorámos, todos nós, até sabermos correr, formular frases completas, ou escrever?

A autonomia e a responsabilidade também se fomentam quando oferece duas ou três opções de escolha, como por exemplo, deixar-lhe à noite dois conjuntos de roupa para que ele escolha um no dia seguinte ou, já mais velho, lhe dá a escolher entre tomar banho ou estudar primeiro.

Os filhos precisam, desde pequenos, de começar a lidar com as consequências das suas decisões, o que por vezes significa sentirem frustração e aprenderem a resolver os seus próprios problemas.

O afecto e o apoio devem estar presentes: a criança pode precisar de se sentir acompanhada quando se confronta com o resultado da sua escolha.

Quando a emoção forte passar (se for o caso), pergunte-lhe como se sente com a decisão tomada, ou o que pensa fazer para conseguir um melhor resultado.

Será assim que o seu filho desenvolverá os seus “músculos” emocionais e as habilidades necessárias para maiores esforços e sofrimentos ao longo da vida.

Back To Top