Filhos confiantes
Criar um filho confiante é muito diferente de criar um filho que acredita ser bonito ou inteligente.
O seu filho será autoconfiante quando confiar nas suas capacidades de decisão e de execução, quando acreditar que tem valor e quando se sentir seguro de ser a versão mais verdadeira de si próprio.
A sua voz interior é moldada na infância. E se não for bem construída, pode vir a ser um adulto com excessiva vontade de agradar aos outros e, como tal, com dificuldade em colocar os seus próprios limites: uma pessoa complacente.
É na infância, e ainda na adolescência também, que temos a oportunidade de ensinar o nosso filho a ouvir-se a si próprio.
Ao exercitar essa capacidade de escuta de si mesmo, desenvolverá uma voz interior que lhe vai dizendo que é digno, capaz, com valor e merecedor.
E como podemos nós, pais e mães, no dia a dia, estimular-lhe a autoconfiança?
1. Ouvindo-o com genuíno interesse.
2. Ensinando-o a confiar no seu instinto, perguntando-lhe:
Como te sentes? O que pensas? O que te diz o teu instinto? O que é que o teu corpo te está a dizer? Quando algo não está bem, o corpo avisa-nos através de sensações desagradáveis na barriga, na garganta, nas mãos, por exemplo.
3. Valorizar muito mais o seu esforço, que é o que o seu filho controla, do que o resultado.
Vejo que continuas a tentar apesar de te ser difícil.
Podes estar orgulhoso dessa nota porque é fruto do teu grande empenho.
Vi como te esforçaste em ajudar o teu primo.
4. Encorajá-lo nos momentos mais difíceis.
Sei que isto é mesmo difícil de fazer, que te custa, mas sei que és capaz.
Acredito em ti e estou aqui para te apoiar e acompanhar.
Usando o bom senso de não motivar para algo que é contra a natureza ou as aptidões da criança.
5. Mostrar amor incondicional.
Gosto de ti tal como és e sempre te amarei, mesmo quando erras.
Distinga sempre a pessoa do seu comportamento.
A verdadeira confiança vem de um conhecimento interno de que tem valor exactamente como é!
Esta confiança interna protegerá o seu filho de relações complicadas com pessoas aduladoras e bajuladoras, ao mesmo tempo que lhe dará determinação e resiliência para não ser dependente dos elogios externos.

